Almoço na construção de um arranha-céu:
Para muitos, a fotografia parece uma fotomontagem. Na realidade, não é assim. Essa foto foi feita no piso 69 do edifício RCA (atualmente edifício GE), em 29 de setembro de 1932, por Charles Ebbets. A foto mostra 11 trabalhadores no momento do seu descanso para comer. A maioria dos homens foi identificada pelos membros de suas famílias.
No mesmo dia, Ebbets fez uma foto com os mesmos homens e a intitulou de “homens dormindo em uma viga”. Um dado curioso: o crédito da fotografia ficou desconhecido durante anos. Os direitos de autor da fotografia só foram outorgados a Charles Ebbets em 2003, depois de meses de trabalho de uma empresa de investigação particular.
We can do it! :
Somente um ano depois, quando se lançou a canção patriótica popular chamada “Rosie the Riveter”, o público entendeu a mensagem. O cartaz converteu-se num símbolo para as mulheres que produziam material de guerra e assumiram postos de trabalho em substituição aos homens que serviam às forças armadas americanas.
Foi Geraldine Dolye, trabalhadora de uma fábrica, que posou para o cartaz. Mas o dado curioso é que ela ficou sabendo disso só em 1984, ao ler, na revista “Modern Maturity”, um artigo que a relacionava com a foto do pôster.
Farrah Fawcett:
Fawcett arrumou seu cabelo e a maquiagem sem ajuda. Provou várias roupas, até optar pelo maiô vermelho, para encobrir uma velha cicatriz de infância.
O cartaz (de 1976) feito a partir da foto vendeu 12 milhões de cópias. Detalhe curioso: a família doou várias coisas da atriz para o Smithsnian’s National Museum, incluindo o traje de banho vermelho usado no pôster.
Lord Kitchener te quer:
O famoso cartaz de recrutamento mostra o secretário de Estado para a Guerra, Lord Kitchener. Apareceu pela primeira vez em 5 de setembro de 1914, na porta do “London Opinion”. Durante esse mês, o país teve o maior número de voluntários. A Comissão Parlamentar de Recrutamento obteve mais tarde permissão para utilizar o desenho em formato de pôster.
Em 1916, Lord Kitchener morreu quando o navio de guerra que o levava para as negociações na Rússia foi afundado por uma mina alemã. O dado curioso é que o cartaz se converteu em inspiração para o legendário Tio Sam e seu cartaz “I Want You for the US Army” que os Estados Unidos utilizaram para a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Albert Einstein:
A informação curiosa é que Einstein gostou tanto da foto que recortou a imagem de modo que mostrasse apenas seu rosto. Logo fez várias cópias e enviou a imagem em cartões (tipo postais) aos seus amigos. Na imagem original o acompanhavam o dr. Frank Aydelotte, ex-diretor do Instituto de Estudos Avançados, e sua mulher.
Garota americana na Itália:
As duas conversaram sobre suas experiências ao viajar como jovens solteiras. Isto inspirou Ruth Orkin a fazer uma série de fotografias intitulada “Não tenha medo de viajar só”.
Ruth Orkin fotografou Jinx Allen nos mercados de compras, cruzando as ruas, sobre um veículo e coqueteando num café. Ao notar os olhares lascivos dos homens, quando caminhava por uma praça da cidade, Ruth Orkin pediu que caminhasse pelo local mais uma vez. Ruth Orkin morreu de câncer em 1985 com 63 anos.
O detalhe curioso é que a mulher da foto, Ninalee Craig, declara: “Me cobri bem com meu xale. Era minha proteção, meu escudo. Eu estava caminhando por um mar de homens. Eu estava desfrutando de cada minuto. Eles eram italianos e os italianos me encantam”. A fotografia completou 60 anos em 2011.
O beijo, do Hotel de Ville:
Depois que apareceu na revista “Life”, a foto ficou esquecida durante mais de 30 anos, nos arquivos da agência de fotos na qual Doisneau trabalhou. Finalmente foi adquirida por uma empresa de cartazes e se converteu em um dos pôsteres mais vendidos do mundo. Devido ao sucesso, muita gente fez declarações falsas garantindo ser a garota que beijava o namorado. Em 1993 uma mulher demandou com o fotógrafo porque ele “havia feito” a foto sem seu consentimento. A demanda obrigou Doisneau a revelar que a foto não havia sido espontânea e que havia utilizado dois modelos. Com isso a demanda não foi adiante.
A informação curiosa é que, menos de um ano depois de ter feito a foto, o casal se separou. Françoise se casou com Alain Bornet, um diretor de documentários, e Jacques Carteaud se tornou vinicultor, no sul da França, até sua morte, em 2004.
Robert Doisneau continuou como fotógrafo independente até morrer em 1994, duas semanas antes de completar 82 anos. Em 2005 Françoise Bornet leilou a impressão original, que havia recebido alguns dias depois de ter feito a foto, com a assinatura do fotógrafo. Esperava ganhar 25 mil, mas recebeu 200 mil dólares pela foto. A segunda imagem mostra Françoise com a foto original.
Che Guevara:
A famosa foto, conhecida como “guerrilheiro heroico”, foi feita em Havana, Cuba, em 5 de março de 1960, por Alberto Korda. Ele fez a foto quando Guevara inesperadamente apareceu no cenário por um breve momento, enquanto Fidel Castro homenageava as vítimas da explosão de La Coubre.
A adaptação da foto, feita em 1968, é uma recriação do artista irlandês Jim Fitzpatrick. O trabalho é classificado entre as 10 melhores imagens icônicas do mundo, ao lado da Mona Lisa.
Detalhe curioso: devido ao que chamou de “grosseria comercial”, a forma de utilizar a imagem, Fitzpatrick anunciou em 2011 que tem a intenção de retomar os direitos de imagem. Inicialmente, os direitos do autor foram repassados para grupos revolucionários da Europa. O irlandês planeja entregar os direitos para a família do fotógrafo Alberto Korda, que morreu em 2001.
A adaptação da foto, feita em 1968, é uma recriação do artista irlandês Jim Fitzpatrick. O trabalho é classificado entre as 10 melhores imagens icônicas do mundo, ao lado da Mona Lisa.
Detalhe curioso: devido ao que chamou de “grosseria comercial”, a forma de utilizar a imagem, Fitzpatrick anunciou em 2011 que tem a intenção de retomar os direitos de imagem. Inicialmente, os direitos do autor foram repassados para grupos revolucionários da Europa. O irlandês planeja entregar os direitos para a família do fotógrafo Alberto Korda, que morreu em 2001.
Ali versus Liston:
Neil Leifer, fotógrafo de “Sport Illustrated”, é o autor da fotografia deste cartaz. Leifer é considerado um dos melhores fotógrafos do mundo esportivo. Em 25 de março de 1965, em Lewiston, Maine, Muhammad Ali e Sonny Liston se enfrentaram pela segunda vez. Ali (então Cassius Clay) ganhou a primeira luta, no ano anterior. O final da segunda luta segue sendo um dos mais controvertidos da história do boxe.
Na metade do primeiro round, Liston caiu na lona. Muitos creem que a queda não foi legítima. Negando-se a ir para o corner neutro, Ali, colocando-se sobre Liston, gesticulava e gritava: “Levante-se e lute, estúpido!” Foi quando Leifer fez a foto hoje icônica.
Detalhe curioso: Leifer disse que teve sorte ao fazer a foto porque se encontrava no lugar certo. “Sport Illustrated” envia amiúde dois fotógrafos. Nesse caso, o fotógrafo Herb Scharfman acompanhou Leifer. É possível ver Scharfman entre as pernas de Ali na foto. Fica claro que não era sua noite. Nem de Liston.
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